Corvette – Parte II

                                 Em 1963 surgiu a segunda geração do Corvette o C2, que pela primeira vez usou o nome Sting Ray. Foi o primeiro a ser oferecido também na versão cupê que tinha a janela traseira dividida. Esta janela prejudicava muito a visão para trás e, por isso, foi eliminada já nas versões seguintes. O Corvette 64 e seguintes tinham a janela traseira em vidro único. Aqueles de 63 são chamados de “Split Windows” e são muito valorizados pelos colecionadores.

Corvette 1963 Roadster. Foto Remarkablecars.com

 

Corvette 1963 Split Window Coupe. Foto The Corvette Story.com

 
 

Corvette 1964 Coupe (note a janela traseira inteiriça). Foto Remarkablecars.com

 

                                 O Sting Ray de 1963 foi o primeiro Corvette a oferecer ar condicionado como opcional de fábrica. Interessante notar que apenas 278 dos 21.468 carros produzidos saíram com este opcional instalado. Parece que o público do Corvette não estava disposto a trocar a pequena perda de potência imposta pelo ar condicionado pelo conforto extra que este opcional oferece. Estávamos em 1963 e os conceitos deviam ser outros.
                                  Uma outra coisa que foi apresentada em 1963 foi a opção Z06 voltada para alta performance. Esta opção que inicialmente era oferecida apenas para o cupê, depois foi disponibilizada também para o conversível e custava quase metade do preço do carro básico. Este modelo ficou em produção até 1967 com pequenas alterações e aperfeiçoamentos e sua produção estabilizou-se no entorno de 22.000 unidades/ano divididas entre conversíveis e cupês com leve predominância dos conversíveis.
                                Em 1967, como modelo 68 foi lançado um modelo totalmente novo, o C3.

 

 

 

 

Corvette C3 1968 Conversível e cupê. Fotos Remarkablecars.com

                                 O modelo cupê deste carro tinha duas características interessantes: o vidro traseiro era removível e o teto, em duas peças, também. Além disso os limpadores de parabrisa ficavam escondidos por uma tampa acionada a vácuo e só apareciam quando utilizados. O Corvette C3 ficou em produção até 1982. Este modelo foi apelidado de “Coke bottle”, garrafa de Coca Cola, devido a seu formato estreitado no centro que lhe tirava bastante espaço interior e, conseqüentemente, conforto que não é, tradicionalmente, uma característica dos esportivos “puro-sangue” europeus, mas um hábito americano.
                                  Embora com uma carroceria totalmente nova e com um estilo que veio a marcar o DNA Corvette até nossos dias o C3 usava o mesmo chassis e, inicialmente, as mesmas motorizações do C2, o que não era mau e o mercado reagiu favoravelmente apesar dos muitos problemas técnicos apresentados pelos modelos de 68, a maioria de controle de qualidade, mas alguns de projeto. Em 69, 70, 71 e 72 esses problemas foram sendo sanados e o carro praticamente não sofreu alterações visíveis. Já em 73 houve uma reestilização profunda da frente e em 74 da traseira. Estas duas reestilizações foram devidas à nova lei americana que exigia que os carros fossem capazes de bater contra uma barreira a 5 milhas por hora sem afetar nenhum equipamento de segurança, aí incluídos os faróis. É bom salientar que a solução encontrada pelos projetistas da Chevrolet para que o Corvette satisfizesse tais exigências foi extremamente feliz.

Frente reestilizada do Corvette 1973. Foto Remarkablecars.com

 
 

Traseira do Corvette 1974. Foto The Corvette Story.com

 

 

                                  Já em 1975 a coisa foi mais séria. O estilo não mudou, mas a legislação anti emissões fez com que a fábrica só disponibilizasse um motor de 165 hp. Parecia o fim dos carros potentes, mas os engenheiros não desistiram e ano após ano as potências voltaram a subir. Já em 76 era de 180 hp. Assim foi até 1982 último ano do C3 que sofreu ainda uma leve modificação nos para-choques e spoilers em 80.
                                 Por incrível que possa parecer não houve Corvette 1983, justamente o ano do 30º aniversário da marca. Estava previsto o lançamento do C4 para comemorar esta data, mas algo deu errado e o projeto atrasou, ficou para o ano seguinte. Quarenta carros foram feitos, nenhum posto à venda, apenas um existe hoje e está no National Corvette Museum, os outros foram usados em testes de engenharia, em crash tests e depois destruídos. O C4 foi lançado como modelo 1984 e ficou em linha até 1996, sempre evoluindo e com pequenas reestilizações, como de costume. O C4 foi um carro totalmente novo e muito melhorado, menos no motor que era o mesmo de 1982 com 200 hp.
                                 As figuras e a foto abaixo falam muito melhor sobre o carro do que eu seria capaz de fazer, mas observe que acabou o estreitamento da carroceria que, se dava um certo charme ao carro, incomodava bastante aos que gostavam de espaço interno. O teto dividido em duas partes foi substituído por um estilo “Targa” e o vidro traseiro passou a abrir tipo “hatch’. O capô adotou o sistema de abertura total que também era usado no Jaguar E-Type e na Ferrari Boxer, seus contemperâneos.

 

 

 

Corvette C4 1984 – The Corvette Story.com

 

C4 Conversível, lançadfo apenas em 1986

                                   Em 1997 saiu a quinta geração, o Corvette C5 que foi até 2004. Sobre estes carros, bem como sobre a sexta geração, talvez eu venha a dedicar um post no futuro se for de interesse dos leitores. Hoje vou me limitar a apresentar algumas fotografias.

 

 

O Corvette C5 de 1997 - Fotos The Corvette Story.com

 

 

 

 

 

Corvette C6 Modelo 2005 - Fotos The Corvette Story.com

Fontes:
The Corvette Story.com
Remarkablecars.com
Ultimatecarpage.com
Wikipedia
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